A noite mágica de Chris Brown no Main

A noite mágica de Chris Brown no Main

“Não, isso é impossível. Nunca esteve em Portugal e a primeira é no Main?” Quantos fãs de Chris Brown disseram isto ao longo desta semana? Muitos. Nas redes sociais, então, quase todos. Mas depois da negação veio a aceitação, ou o conformismo. Chris Brown veio, tocou no Main e a noite foi incrível.

Ponto prévio: gosto muito de Chris Brown. Mas não sei se gosto ao ponto de pagar 60€ para o ouvir numa discoteca entre as três e meia e as cinco da manhã a uma quarta-feira (quinta, na verdade). Mas há alturas em que o trabalho e o prazer se misturam, e lá fui.

Ao contrário do que estava previsto, as portas não abriram às 23 horas, mas apenas à meia-noite e meia, o que levou a que se formasse um mar de gente à porta da discoteca da 24 de Julho, em Lisboa. O concerto começou três horas depois. E foi nessa altura que tudo fez sentido, que as prioridades se realinharam. Chris Brown deu um verdadeiro show, perante um público em delírio, ainda que incomodado pela lotação esgotada. O meu 1,56 metros não me permitiu ver muito mais do que metade do concerto, sempre a espreitar por entre as centenas de telemóveis que iam filmando cada tema.

Ao contrário do que se esperava, o concerto foi mais longo, durou uma hora e meia, em que Chris Brown cantou os clássicos mais antigos e os mais recentes. Mas os momentos de maior entusiasmo ficaram mesmo para as alturas em que Chris Brown decidiu tirar a T-shirt, deixando as muitas mulheres presentes em delírio absoluto. No chão, sentia-se uma espécie de terramoto de excitação. Houve banhos de champanhe, e o cantor ofereceu mesmo ao público várias garrafas quer de champanhe quer de vodca Cîroc Ultra Premium aos muitos fãs que estavam mais perto do palco.

Muito notada foi também a extensa comitiva de seguranças presentes no recinto. Chris Brown tinha mais guarda-costas do que Marcelo Rebelo de Sousa, que horas antes tomara posse como Presidente da República. Esta entourage, onde havia também alguns amigos do cantor, ocupou grande parte da zona VIP privada.
O espetáculo não só valeu os 60€, como as olheiras que os fãs que trabalham levaram hoje para os empregos. Nada que muito café não resolva. Estamos juntos. #somostodoschris